31 julho 2005

Quero bolo de chocolate!

Voltei, voltei,... voltei de Aveiro... lá, lá lá!!!
Pois é, depois de uma muitíssimo atribulada viagem para o destino mencionado anteriormente, regresso de um fim-de-semana mais viva que nunca!
Vou contar-vos um pouco da minha saga, vivida em terras entre o leitão e os ovos moles.
À ida, eu no meu mafnífico Renault Figji a ouvir uma música qualquer de uma rádio local. Não ia muito devagar, é verdade, mas o dia estava tranquilo.
Faixa da esquerda, tudo normal. Ouve-se PUUMMM... TOC TOC TOC TOC, e enquanto se ouviaTOC TOC TOC, o carro guinava para todas as faixas. Consegui, consegui controlar o carro e pará-lo devidamente assinalado na berma direita.
Lá telefonei para a seguradora e lá fui eu de táxi. A condutora era uma mulher com uns 28 anos, com uma intolerável voz esganiçada! Foi uma tortura...
Chegada ao destino pouco se passou. Um almocinho ligeiro, uma ida muito ventosa à praia, um almoço convívio entre eu e o resto das pessoas, uma sesta (há quanto tempo não dormia uma sesta!...) e um regresso!
Agora, aqui estou de volta para alegrar a vida dos meus amigos. E daqueles que os rodeiam!

Amigos, anuncio-vos também, que a Papaia vai começar um árduo workshop de dança do ventre.
São duas semanas de lições intensivas.
Mas, olha lá Papaia, quem é que queres seduzir agora?

Assim, vos deixo. Não sei se por muito ou pouco tempo. Mas deixo. Ái se deixo! Deixo. Deixo mesmo. Estou a deixar. Vou deixar agora. Deixei!

Olhei para o lado e o que é que vi? A caixa das vitaminas da minha gata!

Fiquei com umas saudades...

28 julho 2005

Passou-se!

O raio da miúda passou-se e ninguém deu por isso, apenas quando os grunhidos habituais sairam desenfreados pela goela fora e assustaram metade dos presentes.
O motivo, bom o motivo deve ser a repressão sexual que reluz no seu rosto.
Não tendo ninguém para mandar para um sítio paradisíaco, chamado c******, soltou o ruído, que mais parecia o grito do Tarzan.

24 julho 2005

Partilha

Hoje acabei a noite no B. leza. Não quer isso dizer que foi em beleza, teve algumas nuances que lhe atribuiram um carácter esquisofrenico.
Mal se chega, dá-se de caras com aquelas mulheres que sabem mesmo dançar (pelo menos aquele tipo de música). Mexem bem o rabo, mexem bem a anca, mexem-se bem. A frustração chega só de pensar que não lhes chegamos aos calcanhares.
Quanto aos homens, esses ainda dançam melhor, sempre com a cabeça a girar, à procura de carne fresca.
Depois de três convites para dançar e três recusas, lá cedi dançar (ou pelo menos tentar) uma modinha africana. Ele disse que me ensinava, que queria ser meu amigo e depois qualquer coisa mais.
Adverti-o. Disse-lhe que amigo ainda era naquela, mas para o qualquer coisa mais não havia hipótese. Foi então que o ilustre senhor me resolveu contar a sua vida amorosa, note-se, as suas frustrações. Realmente já não há pachorra!
Os olhares em busca de carne fresca continuam noite adentro. Os corpos continuam a balançar ao som dos ritmos quentes e sedutores.
Definitivamente a pachorra acabou.
Acabo a bebida. Pego no casaco. Venho-me embora!

22 julho 2005

Hoje

Sinto-me fácil!

21 julho 2005

Desabamento

Pois é, tenho uma cascata em casa. Que maravilha devem estar vocês a pensar!
Seria, se não fosse oriunda do tecto da casa de banho.
A psicopata da vizinha de cima deve achar muita piada a esta cena. Já lá fui umas quantas vezes adverti-la, mas a p*** não me liga nenhuma.
Qualquer dia, por este andar, não daqui a muito tempo, tenho que entrar em casa de barco.
Ainda por cima não tenho galochas, o que nestas circunstâncias nem sei se seria suficiente.
Aguardarei e comunicarei posteriormente se o tecto desabou ou não, isto é, se não morrer com ele em cima!

Vontade

Ei pessoal, vamos fazer um sumo de tutti-frutti?

Desejo

Gostava de poder tirar a casca para poder bronzear as sementes!

20 julho 2005

Obra-prima da ciência

Um estudo CIENTÍFICO foi divulgado, hoje, em Portugal.
Intitulava-se "O Cabelo como Arma de Sedução". E eu, que tinha toda a boa vontade de aprender as armas de sedução proporcionadas pelo cabelo, não pude presenciar esta magnífica obra-prima. A verdade é que já estava tudo marcado para assistir à prometedora revelação, quando de súbito, se aperceberam que eu não ia lá fazer nada. Mas porquê?
Agora, além de não saber seduzir com o cabelo, avizinha-se um período em que ficarei na penumbra. Isto porque fiquei sem saber seduzir!!!!!

19 julho 2005

Os Homens Planeiam, Deus Ri

Então frutalhada? Desmoralizados?
Vinha eu no outro dia, rua abaixo, com o saco do pão na mão, quando vi o Miguelito. O puto do 3º Dto que mora no meu prédio como lhe chamam os vizinhos. Sai de casa de manhã cedo e vai ter com a mãe à praça, onde dá uma ajuda à mãe a despachar o pouco peixe que ainda se compra por aquelas bandas. Os olhos ramelosos, os calções sujos, aqule olhar triste e um nariz sempre ranhoso lá compadecem um ou outro e lá fazem entrar mais uns euritos de carapaus e peixe espada. Sim, porque a vida está pela hora da morte, vão dizendo aqueles que, em ritmo de passeio por entre as frutas, hortaliças e roupa contrafeita, passeiam pelo mercado dos Olivais.
Se o negócio correr bem pode calhar qualquer coisa ao Miguel. Um bolito sabe mesmo bem! Ele adora as bolas de berlim da padeira. Num expositor onde há meia dúzia de anos estavam dezenas de bolos, dizimados por todos os putos que iam para a escola primária e que tinham uma moedita no bolso, estão hoje meia dúzia. Ninguém ali passa, os miúdos tomam o pequeno almoço em casa, já não há a moedinha... Os que podem comprar, preferem qualquer coisa que venha com brinde. Um boneco, um autocolante ou outra coisa qualquer que normalmente, depois de um dia de escola não chega a entrar em casa.
É quase uma da tarde. Enquanto a mãe arruma a bancada e varre o pouco gelo que ainda resta, o Miguel tenta escapulir-se. Afinal está de férias!
Corre à frente da mãe para casa, come uma sandes com manteiga e volta a sair. Todos os outros miúdos do 454 estão já na rua à sua espera. Só falta ele. Mas não podem ir ainda para o grande jogo. É ele quem tem a bola! Uma reluzente bola prateada da Nike, oferecida por um tio abastado que saiu a tempo daquele bairro. Costuma o Miguel dizer que um dia vai ser como o tio. Vai ter um carro e uma casa com quintal para poder ter um cão.
Enquanto correm, apressados para o improvisado campo, ouvem ainda a mãe de um deles a dizer que o quer em casa antes de jantar. Mas acho que nem eles sabem quem era. Voltam quando acabar o jogo. Afinal estes jogos são muito importantes. Estão a fazer um campeonato com os putos da rua de cima. E ninguém quer perder!
Quando Miguel regressa a casa ouve o raspanete da mãe. Voltou a chegar a más horas e todo sujo. Os calções cheios de terra e a t-shirt meio rasgada. Mas ganhou o jogo! Come à pressa um prato de sopa e uma posta de um peixe qualquer. Já não os distingue. Nunca teve fome na vida mas, sem sorte, não gosta de peixe...
Volta a sair, a mãe grita-lhe a hora de chegada, que tem cumprido religiosamente. Sabe que está em falta. Chumbou de ano... Vai ter de ouvir tudo outra vez, conhecer novos colegas, aturar uma nova professora... A Dona Alcina até que nem era má. Só por uma vez lhe deu duas reguadas, mas pensando hoje no que se passou, merecidas. Despejou o pacote do leite para cima de um colega e pagou por isso.
Consciente que tem de cumprir sai novamente a correr. Hoje joga-se às escondidas e não quer ser o último a chegar. Toda a gente sabe que o último a chegar é quem fica à procura. O Miguel joga muito bem este jogo. É magro, pequenino e capaz de se enfiar em qualquer buraco.
Mas está a chegar a hora de ir para casa. É quase meia noite e a mãe já veio à janela dizer-lhe que não se afaste muito.
Lá volta para a casa à hora marcada, de trombas é certo, afinal todos os outros miúdos ainda ficaram na rua. Mas amanhã é um novo dia. E vendo bem o de hoje até correu bem.
Que boas são as férias!

18 julho 2005

Instante

Dois minutos deitam tudo a perder. E tanta mágoa, tanto de um não sei quê, que não se define.
Difícil de entender. Momentos de angustia. Uma confusão infinita que brota cá de dentro e se funde nas palavras incertas de poetas e pensadores.
A alma de criança fica, fica um pouco daquela ingenuidade que começou por ser o todo. Fica o jeito de quem não quer ser, novamente...
Os impulsos dão lugar a um pouco de razão. Àquela razão que cisma em aparecer.
Agora compreendo como ela chega, muitas vezes em boa altura.
Um momento, um instante e tudo vai.
Os vinte são uma escola, assim como os trinta ou os quarenta. Ainda que de maneira diferente, todos temos algo para dar, para receber.
Até as rosas têm picos. Bonitas, cheirosas, mas com picos. Picos que podem fazer sangrar, picos que podem infectar.

Confusão de sentimentos, de brilhos nos olhos.
Panos que tapam o espelho e não fazem reluzir em dias de sol.

E, contudo, os que conseguem ler até ao fim são os mais privilegiados.

17 julho 2005

Vamos!

A métrica nunca foi a mesma, mas mesmo assim continuamos a fazer a mesma música. As notas seguem-se e por mais bem ensaiado que esteja, ouve-se algo que não soa. A melodia corre e por vezes o inesperado é o nirvana do momento, efémero, orgásmico.
Guarda-se o momento e vive-se, connosco, primeiro, muito primeiro. Depois, partilha-se, tudo ou só pela metade.
Não importa! Ou importa? Porque há-de importar? Porque suportar?
O que agora é tudo depois é nada. O que agora é desejo depois é arrependimento. O que agora é unido depois é separado.
Vamos seguindo, vivendo, rindo, chorando. Vamos partilhando.
Vamos conhecendo o que vamos vendo, vamos descobrindo se formos procurando. Vamos gostando, vamos desesperando, vamos entediando, vamos indo. Mas vamos. E sabemos que vamos!

Toda a Verdade

Não pensei escrever tão cedo, é necessário no entanto, repor a verdade sobre a importância deste fruto. Difamado e relegado tantas vezes para o esquecimento, urge esclarecer sobre a participação neste magestoso alimento na evolução humana.
Foram diversas as circunstâncias em que a Romã teve um papel preponderante nas descortas que fizeram de nós, modestos Homo Sapiens Sapiens, senhores deste nosso mundinho.
Quem não se lembra da romã, que numa soalheira tarde de verão,caiu sobre a cabeça de um depois disso cientista de renome? Relativo dizem vocês? Uma romã? Pois é amigos, este foi apenas um episódio apagado, ou distorcido da nossa história... Lobbies frutículas espalham por aí outra história mas a verdade é esta! E mais casos se passaram...
Quem não se lembra ainda do Guilherme? Aquele que com uma besta acertava em qualquer coisa... Corre o boato que terá um dia pedido a alguém que colocasse uma maçã na cabeça que ele, sem qualquer dificuldade acertaria no alvo. Não passa de um boato!!! A verdade é que esse fruto era uma romã! Novamente difamado o nobre fruto...
Este divino fruto, corro o risco de dizer, foi aproveitado até para milagres! "São rosas meu Senhor, são rosas". Não são nada!!! São romãs!!! Novamente os Lobbies a trabalhar...
A romã simboliza o amor desde a Antiguidade.
Como no Amor, a casca rija e imperfeita é a primeira coisa a saltar à vista! O que se esconde por baixo desta capa? Como será o intímo do interior deste ser? Quem nunca se perguntou isto quando se apaixona por alguém?
Depois de ultrapassada esta natural barreira surgem os pequenos bagos, vermelhos, doces e suculentos, como os primeiros beijos, as primeiras surpresas, as primeiras cumplicidades... É este momento que nos faz vibrar, que nos faz desejar sempre mais um bago, mais um beijo mais um momento inesqecível!
Mas nem só de bons momentos vive o Amor. Por mais puro e sincero que seja, também ele tem os seus caroços, as suas tristezas as suas desilusões. Mas o Amor, como tudo na vida, não é perfeito. São necessários pequenos caroços que nos tragam de volta à Terra. É o caroço no entanto quem perpétua o fruto, para que como no Amor este nunca acabe.
Basta ver que na própria palavra Amor está este fruto. Basta ver que alguém romântico está sempre na companhia da romã...
Esta é verdade, ou parte dela...

Retratamento



"Nem tu me esquecerás, flor admirada Em que não sei se a graça, se a natura Fez da Paixão do Redemptor Sagrada Uma formosa e natural pintura".



Já que toda a frutalhada resolveu mostrar a casca, aqui fica uma dignissima demonstração do meu espécime.

Já agora, sabiam que o maracujá é oriundo da América Tropical?
Tenho mesmo que voltar às minhas origens!

16 julho 2005

Maracujá!

Meio doce, meio amargo;
meio líquido, meio sólido;
meio verde, meio maduro;
meio mole, meio duro;
meio lindo, meio feio;
meio exótico, meio igual.
Meio tudo, meio nada.

É assim, o Maracujá!

Romã


"Abre a romã, mostrando a rubicundaCor,
com que tu, rubi, teu preço perdes;
Entre os braços do ulmeiro está a jocundaVide,
cuns cachos roxos e outros verdes;
E vós, se na vossa árvore fecunda,
Peras piramidais, viver quiserdes,
Entregai-vos ao dano que cos bicos
Em vós fazem os pássaros inicos."



Génesis

No princípio, quando Deus criou o céu e a terra, a terra era um caos sem forma nem ordem. Por isso aparecemos nós!

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