24 julho 2005

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Hoje acabei a noite no B. leza. Não quer isso dizer que foi em beleza, teve algumas nuances que lhe atribuiram um carácter esquisofrenico.
Mal se chega, dá-se de caras com aquelas mulheres que sabem mesmo dançar (pelo menos aquele tipo de música). Mexem bem o rabo, mexem bem a anca, mexem-se bem. A frustração chega só de pensar que não lhes chegamos aos calcanhares.
Quanto aos homens, esses ainda dançam melhor, sempre com a cabeça a girar, à procura de carne fresca.
Depois de três convites para dançar e três recusas, lá cedi dançar (ou pelo menos tentar) uma modinha africana. Ele disse que me ensinava, que queria ser meu amigo e depois qualquer coisa mais.
Adverti-o. Disse-lhe que amigo ainda era naquela, mas para o qualquer coisa mais não havia hipótese. Foi então que o ilustre senhor me resolveu contar a sua vida amorosa, note-se, as suas frustrações. Realmente já não há pachorra!
Os olhares em busca de carne fresca continuam noite adentro. Os corpos continuam a balançar ao som dos ritmos quentes e sedutores.
Definitivamente a pachorra acabou.
Acabo a bebida. Pego no casaco. Venho-me embora!

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