17 julho 2005

Vamos!

A métrica nunca foi a mesma, mas mesmo assim continuamos a fazer a mesma música. As notas seguem-se e por mais bem ensaiado que esteja, ouve-se algo que não soa. A melodia corre e por vezes o inesperado é o nirvana do momento, efémero, orgásmico.
Guarda-se o momento e vive-se, connosco, primeiro, muito primeiro. Depois, partilha-se, tudo ou só pela metade.
Não importa! Ou importa? Porque há-de importar? Porque suportar?
O que agora é tudo depois é nada. O que agora é desejo depois é arrependimento. O que agora é unido depois é separado.
Vamos seguindo, vivendo, rindo, chorando. Vamos partilhando.
Vamos conhecendo o que vamos vendo, vamos descobrindo se formos procurando. Vamos gostando, vamos desesperando, vamos entediando, vamos indo. Mas vamos. E sabemos que vamos!

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