26 fevereiro 2006

Migas e migos não faltam para animar a malta!

A calmaria do interior desaparece assim que se entra na A1. Carros e mais carros entopem a 2ª circular. Afinal hoje é um dia importante para tripeiros e lampiões. Mas a isso, vamos depois.
Estes quatro dias passados fora do stress da capital foram recheados de peripécias. E como sou boa pessoa, vou contar-vos tudo (como sempre).
Aceitei um convite de uma amiga, a Ana, para irmos ao festival de jazz de Portalegre - IV Portalegre Jazz Fest. Quinta-feira de manhã arrancámos em direcção ao Alto Alentejo. Bem, ao Alto Alentejo não, porque nos perdemos, para variar.
Mas para facilitar as coisas, dividirei o conto por partes.

Para recordar:
-Nessa mesma quinta-feira, perdidas por Montemor-o-Novo, decidimos almoçar por ali. O poiso foi o restaurante "O Pipoca". Pedi uma água. O senhor do Pipoca perguntou: fresca ou natural?
Perguntei-lhe se a fresca estava muito fria. Resposta hilariante: "Ó menina, isso é muito subjectivo. A minha mulher deixou de tomar banho comigo porque para ela a água era quente demais, mas para mim estava boa".
Fiquei-me pela natural.
-A bela da comida e o senhor árbitro que nos fez companhia durante as refeições. Muito preocupado com a nossa saúde, recomendou-nos que comessemos a salada de fruta toda, pois tinha vitaminas de A a Z. A zuvas estavam óptimas!
-Sábado, chovia torrencialmente. Mas fomos passear como tínhamos planeado. As pessoas de Castelo de Vide, muito brincalhonas que elas são, colaram uma moeda de euro no chão. A Ana tentou apanhá-la e foi literalmente gozada. Passados minutos, ouvimos um grito: "Ai, porra!" Colocaram uma aranha para assustar a senhora... É carnaval e ninguém leva a mal!
-Fui tomar um copo com uma amiga que está em Portalegre. Informou-me que estávamos num bar de maus. Lá, há os bares dos betos e os bares dos maus. Curiosamente, os bares dos maus estavam vomitados à porta.
-Os concertos foram de ir às lágrimas, literalmente. Fabulosos. Para comemorar a entrevista com a Dee Dee, fomos buscar uma cerveja a um bar enorme com 10 pessoas lá dentro, a dançarem coisas boas e a abanarem-se todas. Inclusivé a proprietária de 60 anos que abanava as anquinhas para o DJ.


Para recordar de vez em quando:
-No caminho, optámos por ouvir as belas das rádios locais. Anúncio da Iris: Bifinhos, venham comer bifinhos. Bifinhos práqui, bifinhos práli.
-Perdemo-nos mais uma vez. Desta vez o destino era o restaurante que nos iria servir as refeições. Adega da Cabaça. Ficava na Urra (também, que raio de nome), toda a gente dizia que sabia onde era, mas nunca lá conseguiamos chegar. 40 minutos foi o resultado de árduo caminho de descoberta. Ainda tentámos pedir mais informações a uma senhora que por ali passava, mas a gente dessa terra deve ser algo desconfiada, ou a nossa cara mete medo, porque ela pôs-se a milhas...
-Conhecemos uma Shilá estragada que tinha uma trunfa pior que a dos estrunfos. Precisava que lhe enfiassem uns cabos... (bom, é melhor acabar por aqui!)
-O senhor do restaurante, que devia acordar todos os dias com os pés de fora, apenas falava bem das gentes do PSD. Muito gostava ele do Pedrinho, aquele que foi nosso primeiro-ministro.
-Fomos a Cabeço de Vide (tive que visitar as termas). O médico de lá parecia um psicopata saído daqueles filmes de terror muito mal feitos.

Bom, se a vossa curiosidade não estiver satisfeita, digam que eu esclareço e digo TUDO. Sou uma boca mole.

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