01 agosto 2005

Simplesmente brutal!

Ó IP LIGHT

Alegre é o meu nome
Triste a minha sina
Se não tivesse idade para ter juízo
Até me enfiava na anfetamina

Queriam que eu fosse presidente
Pediram-me para avançar
Apenas com Portugal em mente
Como podia eu recusar?

Prometeram-me coroas de louros
Musas, medalhas, mil maravilhas
Avancei com a porra da candidatura
Quando apenas queria escrever redondilhas

Pensei que tinha chances
Que tinha uma candidatura sem falhas
Quem não quer estar nas fileiras
De um veterano de mil batalhas?

Mas assim que cavo a trincheira na terra dura
Aparece a candidatura do velho
Não era trincheira, era sepultura
Maldito sejas, Jorge Coelho!

Admirado não estou, porque estaria?
Basta olhar esta imagem do Lula
Maior é a queda de um grande homem
Quanto mais o povo o emula

Poupei-me de lágrimas e desilusões
A partir de agora fico na retranca
Pois duras são as penas e os dias
Do homem que não se manca

Mas eu e o Lula podemos chorar
Os nossos corações podem partir
Mas nunca quebrarão a alma
De um poeta de Alcácer-Quibir

Venham, pois, soldados e elefantes
Mandem uma chuva de setas pelos ares
Nunca conseguirão matar os infantes
Nem com mensalões, nem com Soares!

Um abraço do vosso furriel,
Manuel Alegre, refugiado em Brasília

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