10 dezembro 2006

Foi-se Augusto Pinochet Ugarte


Não sou uma apologista da morte. Quaisquer que sejam as circunstâncias.
Mas, este caso faz-me desejar festejar do mesmo modo que milhares de chilenos festejaram hoje.
A justiça tardava. Muitos já não tinham esperança. E, apenas poucos, como Baltasar Garzón tentavam, desde há muitos anos, que a justiça fosse feita, pelo menos em termos internacionais. Digo poucos, comparando com as milhares de pessoas que desapareceram misteriosamente durante a ditadura que assolou o Chile de 1973 a 1990.
Não foi feita justiça como deveria ter sido feita. Mas pelo menos, não temos que partilhar o ar e a água potável com Augusto Pinochet. Aquele ar e aquela água que tanta falta fazem à humanidade.
Compreendo, juro que compreendo a felicidade que vi nos olhos dos chilenos que abriam garrafas de espumante, cantavam e dançavam, para se libertarem de uma vez por todas do passado, ainda bastante recente, que assombrava cada dia que esperavam que a tal justiça fosse feita.
Cumpriu-se hoje!

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