02 dezembro 2005

Crónicas de Mariana 2

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Mariana não tinha a certeza quando partiu,
Mariana continua sem ter a certeza.
Foi intensa a caminhada até aqui.
Uma parafernália de sentimentos,
Indo e vindo, como as marés.
Culpas mal aceites e culpas mal entregues.
Culpas que simplesmente não existem.
Mariana começou agora a ouvir,
Ela estava surda, mas o rebentar da bomba devolveu-lhe a audição.
Mariana não via, começou agora,
A ver com os olhos, com as mãos, com os ouvidos, com o coração…
Meia pronta para si mesma,
Deslumbrada com o que se tinha escondido
E ela se tinha esquecido de procurar.
Não te deram oportunidade, Mariana,
Tu também não.
Mas agora tu sabes isso.
Sabes de ti.
Sabes que te tens, principalmente a ti.
Descobres pouco a pouco quem és.
E cada vez te encontras mais.
Mariana, não tenhas medo.
Não te retraias porque não é isso
Que te emociona,
Ai o que te emociona. Disso começas a saber agora.
E tão bem que sabe.
Mariana, não tenhas pressa, porque se preciso for,
O Tempo pára só para ti.

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